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O Retrocesso Necessário – Parte II: Prosseguindo para o alvo.



No texto da semana passada, em nossa coluna devocional, tratamos acerca de um Retrocesso Necessário. Esse retrocesso consiste em retomarmos o primeiro amor, aquele mesmo aludido por Jesus ao se dirigir à Igreja de Éfeso, no Livro de Apocalipse (v. Apocalipse 2:1-4). Sim... Às vezes é preciso dar alguns passos para trás a fim de prosseguirmos para o alvo. Sinteticamente, retomar o primeiro amor significa redescobrir em nós aquele sentimento intenso de surpresa e deslumbramento decorrente da experiência sobrenatural com Deus.


O presente texto pressupõe que você, assim como eu, passou a semana em busca desse primeiro amor. Se sua resposta for positiva, siga em frente. Senão, pare a leitura, clique no link a seguir https://www.belemitas.com/blog/o-retrocesso-necessario, e só retome quando se sentir preparado.


Muito bem... Estamos partindo da redescoberta dessa chama ardente e atraente chamada de primeiro amor. Você deve estar ansioso para prosseguir na caminhada para o alvo, mas, ao mesmo tempo, um tanto relutante em correr o risco de perder o primeiro amor ao longo da jornada. Sejamos, pois, cautelosos. Antes de partirmos, precisamos saber o que nos afasta desse princípio. A resposta é simples: rotina espiritual. Por isso, aqui vão alguns passos para tornar nossa caminhada constante e efetiva!


1. Fuja da Rotina: o Dicionário Aurélio define rotina como: prática constante, em geral; hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo; índole conservadora ou oposta ao progresso. Não estou dizendo que nosso relacionamento com Deus não deva ser uma prática constante. Mas, precisamos nos atentar diariamente se desenvolvemos algo de novo em nossas experiências. Gosto muito dessa última definição (índole conservadora ou oposta ao progresso); ela expressa uma consequência fatal para a qual toda atividade rotineira tende: o marasmo, a mesmice. Biblicamente, lembra-me muito da figura do fariseu: religioso de carteirinha, porém espiritualmente morto. Aquele que ora nos horários devidos, lê a porção diária da Palavra, mas o faz de forma tão habitual que se esquece do sobrenatural que tudo isso envolve.


2. Não abandone o sobrenatural: a melhor forma de vencer a rotina é esperar algo de novo para o amanhã. Se você está disposto a viver o primeiro amor até os últimos dias, deve ter em mente que será necessário vivê-lo todos os dias. Para isso, não basta ter alguns oásis de experiências sobrenaturais; é preciso fazer da própria vida uma experiência sobrenatural. Como se faz isso? Criando uma técnica de aprofundamento diário no relacionamento com Deus. É muito interessante perceber que no trato com seus discípulos Jesus nunca chegou em um “ponto de satisfação”, isto é, em nenhum momento dos Evangelhos o Mestre deu a entender que as bênçãos espirituais tinham chegado ao seu limite. Pelo contrário, quando estava prestes a deixa-los, Ele afirmou: Ainda tenho muitas coisas para lhes dizer, mas vocês não poderiam suportar isso agora. Porém, quando o Espírito da verdade vier, ele ensinará toda a verdade a vocês (João 16:12-13). Não é incrível? Temos acesso constante e ininterrupto à fonte do sobrenatural!


Contudo o grande problema é que muitas vezes vivemos Deus de forma natural. Atingimos um “ponto de satisfação” e sentamos confortáveis, aguardando o tempo passar. Assistimos aos cultos como se assistíssemos a um entretenimento qualquer; cantamos louvores como se fossem músicas quaisquer; oramos como se recitássemos poesias. Estejamos atentos para não transformarmos nossa caminhada em uma sequência natural de fatos, pois o combustível do primeiro amor é justamente o componente sobrenatural que há nos relacionamentos genuínos com o Pai.


Por isso, procure sempre doar-se mais. Encontre um sacrifício maior; busque um conhecimento bíblico que esteja mais escondido; realize mais a vontade de Deus! Comprometa-se a viver todos os dias como se fossem únicos e cada experiência divina como se fosse a primeira!


3. Construa memoriais por onde passar. Você vai reparar que, à medida que nos engajamos em uma jornada sobrenatural com Deus, passamos a colecionar testemunhos de experiências, milagres e realizações. Utilize-os para guiar sua jornada.


Todos nós já ouvimos, alguma vez na vida, a história de João e Maria. Este famoso conto tem uma cena inesquecível, em que os irmãos, para não se perderem na floresta, deixam um rastro de pedacinhos de pão por onde passam. Façamos a mesma coisa com nossas experiências espirituais! Que cada uma delas possa servir como lembrança da origem de nossa caminhada, qual seja, o primeiro amor! A Bíblia é cheia de memoriais, desde o arco-íris mostrado a Noé (v. Gênesis 9:9-17), passando pelas doze pedras retiradas do Rio Jordão pelas tribos de Israel (v. Josué 4 e 5:1) e chegando, finalmente, à Ceia do Senhor (v. 1 Coríntios 11:23-25).


É bem verdade que prosseguimos para o alvo, que está a nossa frente, porém, se olharmos para os memoriais que deixamos pelo caminho, seremos capazes de avistar, lá no horizonte de nossa partida, uma chama contínua; veremos, desde ali até o futuro, o primeiro amor, vivo todos os dias em nós.


Tenho certeza que você já tem vários memoriais: conquistas, batismo, dons espirituais, curas, milagres e experiências sobrenaturais de todos os tipos. Este é um bom momento para relembrá-los e turbinar sua jornada. Se quiser, compartilhe-os conosco nos comentários abaixo!


Dito isso, partamos, enfim, para nossa jornada incrível e sobrenatural em direção ao nosso alvo, que é Cristo!



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