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Você se parece com alguém…

Atualizado: 3 de set. de 2019



Provavelmente você já escutou as palavras do título deste texto algumas vezes. Muitas pessoas dizem que nos parecemos, fisicamente, com os nossos familiares, com algum ator famoso, etc. Porém, no texto de hoje, o foco não é falar em semelhanças físicas, mas sim em caráter semelhante.


Deus possui características e qualidades que o descrevem [1]. Os atributos de Deus são divididos em dois grupos: incomunicáveis e comunicáveis. Os atributos incomunicáveis são aqueles que pertecem somente a Deus; são eles: perfeição (Jó 11.7); espiritualidade (um espírito é uma substância imaterial, invisível e indestrutível [2]; 1 Tm 1.17); infinitude (Jr 23.24); eternidade (Sl 93.2); imutabilidade (Hb 1.10-12); onipresença e imensidade (Is 57.15); onisciência (Hb 4.13); presciência (Is 46.9,10); onipotência (Sl 91.1).


Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito. 2 Coríntios 3.18, NTLH

O versículo acima diz que essa glória vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor. Uau! Isso é incrível! Mas, sobre qual semelhança ele se refere?


Podemos encontrar a resposta analisando os atributos divinos comunicáveis - aqueles que Deus possui e também podem ser encontrados em seus filhos. No grupo dos atributos comunicáveis, temos: santidade (Lv 19.2); verdade e fidelidade (Is 65.16); amor (Jo 15.17); bondade (Rm 5.8); justiça (Sl 96.13); sabedoria (Tg 1.5) [3].


Quem seria a primeira pessoa a vir à sua mente caso a seguinte pergunta sobre as qualidades acima fosse feita a você: “Algum ser humano já conseguiu viver de forma plena com todos esses atributos?”? Certamente, o nome que brilha em nossas mentes é o de Jesus! Como seres humanos, somos suscetíveis ao desenvolvimento de um caráter corrompido e temos as características divinas em um grau infinitamente inferior. Já o nosso Mestre, não. Ele é a expressão perfeita de quem Deus é (João 1.1,14). Sendo assim, nós somos aqueles que devem aprender com Jesus e seguir os seus passos.


“Quem diz que vive unido com Deus deve viver como Jesus Cristo viveu.” 1 João 2.6, NTLH

Um discípulo é um aprendiz que segue tanto as palavras quanto o professor. Jesus era um mestre e estava entre a elite intelectual de Israel. Para ser um discípulo, era necessário ser escolhido, porém, somente os melhores eram selecionados pelo professor. Sabendo disso, não é de se estranhar o fato de que Simão e André largaram tudo imediatamente para seguirem Jesus: “Jesus estava andando pela beira do lago da Galileia quando viu dois pescadores. Eram Simão e o seu irmão André, que estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse: — Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente. Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.” Marcos 1.16-18, NTLH. Veja que Jesus é um mestre diferente: ele chama todos e não somente os melhores!


Os rabinos tinham um ditado muito comum para os seus discípulos: “Cubram-se com a poeira dos pés do seu rabino”. Isto é, o aprendiz tinha que andar tão perto do mestre a ponto de que a poeira dos seus pés o cobrisse. Eles tinham a responsabilidade de ouvir e aprender atentamente os ensinamentos do professor para que se tornassem cada vez mais conformados à imagem dele.


Nas palavras de Ed René Kivitz, seguir a Jesus implica prestar atenção nele, olhar atentamente para tudo o que ele faz, ouvir o que ele diz, perceber os milagres que ele realiza, imaginar e dar atenção à maneira como Jesus se relaciona com seu Pai, como fala com ele, porque a grande ambição de um talmid (discípulo) é ser igual a seu mestre. Essa é nossa grande ambição: tornarmo-nos pessoas iguais a Jesus [4].


Este texto é um lembrete do nosso propósito de vida: sermos iguais a Cristo! O Espírito Santo é aquele que nos auxilia nessa jornada. Seja no modo de falar, compartilhar o Evangelho, lidar com o próximo, fazer negócios, trabalhar, estudar… em tudo temos um exemplo perfeito de como devemos nos comportar: o exemplo de Cristo!


Se você já leu os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), com certeza irá se lembrar de Jesus como alguém humilde, que conversava com todos e trazia consigo as boas novas do Reino! Talvez, uma das qualidades que mais se destaque nessa rápida reflexão é a compaixão! Por isso, no mês de setembro, aqui no blog Para o Alvo, lançaremos textos específicos sobre esse tema, a fim de que pratiquemos as mesmas obras do nosso Salvador!


É muito bom ouvir de algum amigo que nós nos parecemos com Jesus! Certamente, ao ouvir isso, temos a convicção de que o trabalhar do Espírito Santo em nós está moldando as nossas vidas para sermos verdadeiros discípulos e, por que não dizer, “Pequenos Cristos”?


“Como um perfume que se espalha por todos os lugares, somos usados por Deus para que Cristo seja conhecido por todas as pessoas.” 2 Coríntios 2.14b, NTLH

[1] Para aprofundar e expandir este assunto, recomendo a leitura do texto Deus Cognoscível, escrito pelo Léo aqui no blog Para o Alvo.

[2] Teologia Sistemática Pentecostal, p. 66.

[3] Teologia Sistemática Pentecostal, p. 66 - 78.

[4] Talmidim: O passo a passo de Jesus, Poeira (p. 1).



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