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Paz de Deus x Paz do Mundo

Parte 3 – O efeito da paz de Deus



Chegamos, enfim, ao último texto da Série “Paz de Deus x Paz do Mundo”. Ao longo das últimas semanas, destrinchamos Filipenses 4:6-7 a fim de melhor compreendermos acerca da sobrenatural paz que o Senhor disponibiliza para vivenciarmos em nossa jornada de fé. No primeiro texto, alertamos para a existência de uma paz mundana e passageira, imitação barata e defeituosa daquela genuína, advinda do Espírito Santo. Então, o segundo texto trouxe-nos alguns pontos práticos que devem se fazer presentes para que alcancemos a verdadeira paz de Deus. Finalmente, este é o momento para entendermos qual é o efeito de assentarmos nossa vida nesta incrível experiência de paz!


Muito bem, a paz que excede todo o entendimento, alcançável por meio de uma rotina de oração franca e cuidado emocional, tem seu efeito declarado por Paulo como conclusão apoteótica de suas recomendações aos irmãos de Filipos:


[...] a paz de Deus [...] guardará o vosso coração e vossos pensamentos em Cristo Jesus (Filipenses 4:7)

Aqui temos o local de incidência da paz (coração e pensamentos) e sua forma de atuação (guarda, proteção, vigília).


Do ponto de vista bíblico nosso coração não é exatamente este repositório de boas vibrações e energias elevadas... Também não é o seguro guia que todos aqueles que dizem “siga o seu coração” imaginam.


O profeta Jeremias caracteriza o coração como enganoso e perverso, destacando ser extremamente difícil desvendá-lo (Jeremias 17:9). Jesus foi mais além, descrevendo essa perversidade como maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidades sexuais, roubos, faltos testemunhos e calúnias. Segundo o Mestre, são essas procedências que tornam o homem impuro (Mateus 15:19-20). Tais descrições nos remetem ao coração como o centro de nossa natureza humana (pecaminosa) e a raiz do pecado em nós. Justamente daí que resultam os pensamentos, sentimentos e atitudes que, sendo maus, minam nossa fé em Deus e colocam-nos na trilha de inquietação e desespero no enfrentamento das aflições diárias.


Tantas vezes achamos que não temos paz pois o Diabo está nos atormentando, mas aqui quero deixar bem claro que o aguilhão do pecado foi quebrado por Jesus na cruz e o inimigo não tem mais poder sobre nossas vidas. Graças a Deus temos a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Coríntios 15:57), de forma que não há um poder espiritual a tirar sua paz. Tampouco temos nossa paz minada por situações externas, como já foi colocado no primeiro texto dessa série – não há relação de causalidade necessária entre nossos tormentos e nossa falta de paz.


A verdade é que estamos lutando contra nós mesmos. O adversário da paz de Deus é o coração humano e é justamente em torno dele que a paz de Deus, uma vez encontrada, monta um grande perímetro de proteção.


Por isso, vemos tantas passagens bíblicas nos ensinando a cuidar bem do coração, para que suas raízes naturais, advindas do pecado e produtoras das obras da carne, não sejam prevalentes sobre a transformação que Deus gera em nós, através do Fruto de seu Espírito. Salomão nos instrui a guardar nosso coração acima de todas as coisas, condicionando nossa vida à boa administração dele (Provérbios 4:23). Também Davi, no Salmo que registra um dos maiores atos de arrependimento na Bíblia, implora: cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável (Salmos 51:10).


Grande surpresa é descobrir, então, que a paz de Deus nos protege de nós mesmos, da enganosidade advinda da humanidade caída, sem fé e amarga. Tendo sidos libertos por Cristo Jesus, estamos aptos a aderir a um processo constante de mudança de entendimento (Romanos 12:2 – metanoia) e verdadeiro desenvolvimento espiritual. Aliado a isso, temos força para tomar atitudes naturais que criam um “terreno mais fértil” à semente do Espírito Santo. É aqui que germina a paz de Deus, como proteção inabalável a circundar um coração transformado e purificado pelo sangue de Jesus.


Isto posto, deixo a seguir, mais uma vez, as orientações de Paulo, para que fechemos esta série trazendo à memória a veracidade da paz de Deus para o cristão disposto a alcançá-la.


Que Deus nos abençoe e que sua paz sempre guarde nossos corações e pensamentos, em Cristo Jesus!


Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6-7)


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