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Os cravos que nos redimiram




“Deslize os dedos pela madeira e pressione o cravo contra sua mão. Prove o gosto do vinagre e sinta o aperto do espinho em sua fronte. Apalpe a espessa poeira úmida como sangue de Deus.  Deixe os instrumentos de tortura falarem a sua história. Ouça enquanto eles revelam o que Deus fez para ganhar o seu coração.” Ele escolheu os cravos - Max Lucado

A mensagem da morte de Jesus na cruz carrega consigo muito mais do que se podem expressar as melodias, livros, ilustrações ou quaisquer ações humanas que a queiram representar. A realidade da cruz, o que Jesus vivenciou aquela tarde no Gólgota, em tudo supera o que podemos retratar a respeito do seu sacrifício. Não há palavras ou ações que possam expressar o que de fato foi a morte de cruz. Jamais conseguiremos descrever com o máximo de precisão o que Jesus suportou. Foi duro, foi muito profundo, foi a dor do pecado de toda a humanidade em seus ombros. Mais que dor, mais que feridas que ardiam em seu corpo, do que o ar que não entrava em seus pulmões, do que os pregos que perfuraram as suas mãos, que o vinagre que não sanou a sua sede ou os espinhos que cobriram sua cabeça.


As dores físicas que Jesus suportou já seriam suficientes para nos trazerem a reflexão o que ele fez por nós, mas foi mais, foi muito mais. O que Jesus suportou foi uma dor complexa, profunda e incomparável. Somada a uma dor física Jesus sentiu a dor da traição, da humilhação e da condenação de um justo. Seu corpo foi despido e violado. Foi ferido por pecados que não cometeu. O filho do Rei sentiu a dor do abandono, da injustiça e da mentira. O que seria carregar em seus ombros o peso do pecado de toda a humanidade? O que seria sentir o peso de uma cruz que não era composta apenas da matéria da qual era formada? Era uma cruz que carregava o peso de uma humanidade caída, mergulhada em pecado, desespero, caos, incredulidade e aflição. Era a cruz das pessoas que o viram, mas não o receberam. A cruz dos que andaram com Ele, mas não o reconheceram. Um mundo pelo qual ele se doou, mas que o condenou e anulou o seu sacrifício. O cenário de mundo caído, com pessoas que não acreditaram na mensagem do cordeiro sem máculas que trouxe cura, verdade e salvação, mas como uma ovelha muda foi ao matadouro.


“Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” Isaías 53:7

A tarde no Gólgota foi de fato a mais pura realidade do amor. Haveria outra explicação para que Jesus suportasse tanta dor se não o amor? A dor que suportou Jesus jamais seria explicada se não revelasse amor, se não fosse justificada pelo amor. A humanidade foi valorizada por Cristo, que nos amou de tal maneira que tornou a cruz, a nossa cruz, realidade para si. A doação foi verdadeira e não importava a dor que era necessária, o sacrifício feito por Jesus era o preço da nossa liberdade. O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e Ele era o preço a ser pago, era o único capaz de nos redimir.


"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaías 53:5

Que alto preço, que valor inquestionável. O preço pela nossa liberdade foi pago aquela tarde no Gólgota. O pagamento da dívida que mudou nossa história, que nos trouxe liberdade e vida, o sacrifício que tornou a humanidade possível, que nos deu futuro e que não seria suportada por mais ninguém além de Jesus. Havia um propósito em seu sacrifício. O sacrifício de Jesus era o caminho necessário para a vitória sobre o pecado e a condenação. O sangue Dele era o caminho para a nossa salvação, livramento e vida. Sempre fomos nós o propósito da cruz. Ele pensou em cada um de nós e no que era necessário para que fossemos libertos. Éramos e somos nós o alvo do amor. E mesmo sendo eu e você o motivo do grande o sacrifício, não há dividas que nos amarre a Cristo. Nossos corações não estão subordinados ou culpados por terem sido livres por alto preço pago em nosso lugar. O que nos amarra a Ele é rendição, é poder ser amado de forma tão impressionante, é a especial Graça que nos alcança, nos proporciona liberdade e nos concede compaixão, e, apesar de sermos quem somos, somos ardentemente valorizados por Cristo, que se despiu e subiu ao Gólgota por mim e por você, o que mudou toda a nossa história. Do terrível fim da inimizade com Cristo e do fracasso, a nossa história teve como fim a vitória.


O propósito do sacrifício expiatório foi alcançado e nos transformamos de inimigos a amigos de Deus. Fomos libertos da condenação eterna por meio de Jesus, e através da sua ressurreição temos agora livre acesso ao Pai. Não há mais sacrifícios ou penitências que nos separam de Deus. A dor de Jesus remiu-nos, transformou-nos e nos deu um novo e vivo caminho. Caminho eficaz, caminho de esperança, uma esperança que crê e aguarda a sua vinda. O caminho que Deus traçou para nós valorizou quem somos e nos livrou da condenação eterna. A ressurreição de Jesus trouxe-nos como principal mensagem que se Cristo ressuscitou também ressurgiremos com Ele um dia, o que torna a nossa esperança viva e eficaz.


A mensagem da cruz traz confiança diante ao futuro e ações de Graças sobre a realidade em que vivemos. A ressurreição de Cristo nos traz fé nas bem-aventuranças eternas. Jesus nos diz através da sua ressurreição que o futuro da humanidade não é uma cogitação humana, não é fruto do acaso, é uma revelação divina de que o Rei da Glória irá voltar e que está preparando o caminho para a essa realidade. Sabemos através da cruz quem somos, para onde iremos e o que fazemos enquanto aguardamos a sua vinda. A cruz nos direcionou, o caminho que ela nos trouxe é um caminho de esperança e em direção a vida eterna com Deus.


Neste domingo que celebramos a ressurreição de Cristo, celebramos a esperança Nele. A vida que obtivemos está baseada na esperança que Ele nos dá de que um dia nós e todos aqueles que aqui viveram ressurgiremos com Ele. O dia de hoje é o dia que o Senhor nos convida a celebrar a esperança da vida eterna com Deus. O que você talvez perdeu no caminho que Ele nos separou? O que tem se perdido em você? Quais os intempéries do mundo tem feito você esquecer por algum momento que a cruz nos revela a vida eterna com Deus para aqueles que Nele creem. O sacrifício de Jesus nos faz viver também o presente com viva esperança. A esperança da sua paz em nosso dia a dia, em nossos corações através da alegria de viver com Cristo e por Cristo, esperança revelada através da comunhão entre amigos e irmãos.


Os cravos que Jesus escolheu por nós eram a consequência do pecado de um mundo caído que seguia o caminho da destruição, mas a ressurreição de Jesus e o seu lugar a destra do Pai significa a esperança que ressurge em nossos corações de que um dia esse mundo não será mais a nossa realidade, significa que Jesus venceu e nos tornamos parte do seu Reino. Somos agora pertencentes com Ele da morada eterna e não somos mais escravos do pecado. Pense na realidade de Cristo, verdadeiramente o que será ressurgir com Ele. Um prazer que não se compara a nada no mundo. Hoje, se você tiver a oportunidade de se deliciar com um chocolate ou receber um carinhoso abraço de alguém que ama pense que nada disso, apesar do imenso prazer que você sentirá, não se compara ao que viveremos com Cristo. É a esperança na mensagem do sacrifício de Jesus que nos motiva, é o combustível para continuarmos a nos mover em direção a Cristo.


Vivemos em um mundo que constantemente nos faz pensar em ceder espaço a tristeza, desesperança e pensamentos de desilusão, mas a mensagem de Cristo revela que a esperança em sua Palavra e na morada eterna é o nosso combustível diário. A nossa vida faz sentido e não somos fruto do acaso. A morte de Cristo não se trata de uma fábula ou de uma lenda. Ela foi concreta, real e com firmes propósitos. A mente humana jamais conseguirá descrever o que de fato Jesus viveu, mas continuemos a nos esforçar com fé e esperança a compartilhar esse amor, a revelar esse real sacrifício que não foi em vão e está vivo, ardendo em nossos corações e nos motivando a conhecer Jesus e a levá-lo com esperança viva em nossos corações.


Não haverá sacrifício maior e mais real que a morte de Cristo e não haverá realidade mais clara que a sua ressurreição. O Rei do mundo vive, vive em mim, vive em nós e está pronto a nos receber. Hoje, não vivemos um dia comum, vivemos o dia que marca o início da nossa história vitoriosa em Cristo. Aquela tarde sombria no Gólgota foi necessária para que hoje vivêssemos, respirássemos e deixássemos a condição de escravos a herdeiros da morada eterna. É mentira do inimigo que cada um de nós carrega a sua cruz. O pecado não pesa em nossos ombros e em nossos corações arde a viva chama da esperança da morada eterna.


Quando Cristo ressurgiu, ressurgiu com Ele nossos sonhos, nossa paz, nossa alegria e nossa realidade de vida. Logo, realmente celebramos quem somos em Jesus, somos filhos eleitos, amados e desacorrentados. Correntes e amarras do pecado não possuem mais poder sobre nosso corpo, sobre nossa mente e sobre nosso espírito.


Celebramos hoje também a liberdade em Cristo Jesus. Celebramos uma mente sã, um corpo saudável e um coração inclinado a Cristo, uma vez que Ele nos reveste por completo. Tudo ressurgiu com Ele de modo que nos tornamos Dele e por Ele. O Cordeiro que ressurgiu dentre os mortos não era como qualquer outro cordeiro antes sacrificado. Ele era Jesus de Nazaré, o Cordeiro que trouxe vida ao nosso ser.


O que hoje precisa ressurgir em você? Seus sonhos, sua alegria, sua felicidade ou talvez a sua esperança. Seja o que for necessário tornar a vida em você a ressurreição de Cristo, o ressurreto, tornou isso possível. Acima de tudo, que renasça hoje em nossos corações a esperança da vida eterna com Cristo, que é uma realidade que deve permanecer viva e presente nos corações daqueles que aceitaram o Seu sacrifício.


"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16


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